I am an independent film producer and photojournalist from Fortaleza, Brazil. I have a B.A. in Journalism from the Universidade de Fortaleza and an M.A. in Media for Social Justice from Woodbury University. My work in photography has won global recognition, and my first short film, Peixe Roncador (2013), won first place in several international film competitions. I have also produced Do No Harm: The Opioid Epidemic (2017), Backfired: When VW Lied to America (2018), and the Our Kids: Narrowing the Opportunity Gap Series (2019) and Sweet Poison (2020), my first documentary as Director, Cinematographer, Producer, Editor, and Outreach Director.
Infinitas batidas cruzam o misterioso mundo da música. Corpos são interligados e conectados nas vibrações que transparecem para um todo. E o palco é uma só voz.
I am an independent film producer and photojournalist from Fortaleza, Brazil. I have a B.A. in Journalism from the Universidade de Fortaleza and an M.A. in Media for Social Justice from Woodbury University. My work in photography has won global recognition, and my first short film, Peixe Roncador (2013), won first place in several international film competitions. I have also produced Do No Harm: The Opioid Epidemic (2017), Backfired: When VW Lied to America (2018), and the Our Kids: Narrowing the Opportunity Gap Series (2019) and Sweet Poison (2020), my first documentary as Director, Cinematographer, Producer, Editor, and Outreach Director.
Em 2013 algumas capitais brasileiras foram sedes dos jogos da 'Copa das Conferderações'.A cidade de Fortaleza foi uma das escolhidas. E aqui está o registro que marca este momento!
“Em todos os anos setembro novembro/Vou ao juazeiro alegre e contente/Cantando na frente sou mais um romeiro/Vou ver meu padim/De bucho cheio ou barriga vazia/Ele é o meu pai ele é o meu santo/É minha alegria/Olha lá no alto do horto/Ele tá vivo padre não tá morto/Olha lá no alto do horto” (Viva meu Padim, Luiz Gonzaga)
Ainda na madrugada matinal, bem antes dos primeiros raios do sol abrasador despertar, com passos rastejantes e lentos, os romeiros vão arrastando suas sandálias de borracha pelo asfalto do Centro de Juazeiro do Norte. Sejam em “bandos” ou sozinhos, eles chegam aos poucos na cidade.
Vindos de diferentes brenhas do Nordeste, atravessam estradas infinitas em busca da Terra Santa. Pelo “Padim Padi Cícero”, clamam, oram, suplicam, incontáveis ‘Pai Nosso e Ave Maria’. "Somos romeiros e estamos em busca da salvação". Benditos e louvados sejam estes romeiros que, com muita fé e devoção, fazem de Juazeiro do Norte um cenário de inspiração.
Ao ver tantos rostos expressivos, possibilitando-me a ideia de uma boa imagem, me senti imersa em mundo imagético. Por outro lado, em muitos momentos, me tornei o próprio alvo, quando olhada por olhares questionadores dos romeiros que, por vezes, não podiam entender o que eu fazia quando apontava a minha lente fotográfica em suas direções.
Este ensaio fotográfico é um recorte do que foi o último dia dos finados do ano de 2013. Muitos retratos compõem esta coletânea, os rostos falam por si só. Vindos de diferentes sertões. “Somos romeiros” é para mim o reflexo de um povo unido pela fé.
Em 2013 milhares de brasileiros foram às ruas para protestar contra vários descasos na politica nacional. Além de Fortaleza, muitas capitais aderiram aos atos e se manifestaram.
É apenas mais um dia na vida. Mas o sertão não deixa de ser redescoberto. A cada sol que nasce é mais um feijão com arroz na panela. Dá pra viver.